domingo, 11 de outubro de 2009


Clima: Expedição portuguesa chega hoje ao Árctico



Dois cientistas portugueses chegam hoje à vila esquimó de Umiujaq, no Árctico Canadiano, para conhecer melhor de que forma as alterações climáticas estão a transformar o ambiente polar. João Canário e Marta Nogueira, investigadores do Instituto Nacional de Recursos Biológicos (INRB - IPIMAR), vão juntar-se a outros dois investigadores canadianos e regressar ao Árctico, onde ficarão até dia 22."No ano passado estivemos em Kuujjuarapik, no Norte do Quebeque, a recolher dados numa situação de Inverno. Agora queremos ver o que acontece numa situação de Primavera e degelo", explicou João Canário ao PÚBLICO, antes da partida.A campanha, liderada pelo canadiano Laurier Poissant, vai recolher amostras de neve, gelo, água e sedimentos. O objectivo é tentar perceber o que acontece aos poluentes acumulados no permafrost (solo permanentemente gelado) quando as temperaturas sobem e este começa parcialmente a derreter, formando lagos temporários com grandes concentrações de carbono e metano. "Queremos saber o que acontece com a fusão do gelo e da neve, que tendem a acumular poluentes. Estes poderão dispersar-se, infiltrar-se na água e entrar na cadeia alimentar", contou João Canário. Ou ainda acabar por concentrar-se na atmosfera e agravar as alterações climáticas.Os actuais modelos sobre aquecimento global ainda não levam em conta a emissão dos gases com efeito de estufa da fusão do permafrost. "Trata-se de carbono que foi depositado nas camadas superiores (zero a um centímetro) há cerca de, pelo menos, 400 anos, e que agora está a ser libertado para a atmosfera", escreveram os investigadores aquando da missão anterior ao Ártico, em Abril de 2008.Em Umiujaq vivem cerca de 300 pessoas. As casas foram construídas em cima do permafrost, que está a abater com a subida da temperatura. "As pessoas estão preocupadas por que o seu estilo de vida está a mudar. São pescadores ou caçadores. Não há condições para a agricultura. O que está a acontecer é que os animais de que dependem estão a escolher outras rotas", por causa do degelo.


Fonte: Público online 11/o5/2009

quarta-feira, 22 de abril de 2009


Problema do mês de Abril 9º ano



O DRAMA DE CORTAR CEBOLA!


Quando cortamos cebola é muito comum chorarmos!
Qual o elemento químico presente na cebola responsável por este drama?






Aqui ficam algumas sugestões para cozinhados mais risonhos:
Colocar as cebolas no congelador antes de cortá-las, cortar a cebola debaixo de água ou lavar com frequência a faca que utilizamos.

Envia a tua resposta para o e-mail cfqeb23lijo@hotmail.com ou entrega ao teu professor de Ciências Físico-Química!

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Albert Einstein (1879 - 1955)



Albert Einstein nasceu em Ulm a 14 de Março de 1879 e faleceu em Princeton a 18 de Abril de 1955. Radicou-se nos Estados Unidos. Ganhou o Prémio Nobel da Física no ano de 1921 pela sua correcta explicação do chamado efeito fotoeléctrico; no entanto, o prémio só foi anunciado em 1922. Einstein receberia a quantia de 120000 coroas suecas. O seu trabalho teórico possibilitou o desenvolvimento da energia atómica, apesar do próprio Einstein não ter previsto tal possibilidade.
Devido à formulação da teoria da relatividade Einstein tornou-se famoso mundialmente, algo pouco comum para um cientista. Nos seus últimos anos, a sua fama excedeu a de qualquer outro cientista na cultura popular. Einstein tornou-se sinónimo de génio. Foi por exemplo eleito pela revista Time como a "Pessoa do Século" e a sua face é uma das mais conhecidas em todo o mundo. Em 2005 celebrou-se o Ano Internacional da Física, em comemoração dos 100 anos do chamado "Annus Mirabilis" (ano miraculoso) de Einstein, em que este publicou quatro dos mais importantes artigos cientifícos da física do século XX. Em sua honra, foi atribuído o seu nome a uma unidade usada na fotoquímica, o einstein, bem como a um elemento químico, o Einstênio.
Einstein nasceu na região alemã de Württemberg, na cidade de Ulm, numa família judaica não praticante. Em 1852, o avô materno de Einstein, Julius Koch, estabelece-se como comerciante de cereais em Bad Cannstatt, nos arredores de Estugard. O negócio prospera. Os pais de Einstein, Hermann Einstein e Pauline Koch, casam-se em 1876.

Hermann, que era comerciante e engenheiro, muda-se de Bad Buchau para a cidade de Ulm, onde passou a viver com a esposa. É em Ulm que em 1879 nasce Einstein.
Albert Einstein (1879 - 1955)
Físico alemão
Em 21 de Junho de 1880 (o pequeno Albert tem um ano de idade), a família Einstein muda-se para Munique. Em 1885, Hermann Einstein funda uma empresa de material eléctrico com o irmão Jacob. A empresa chamou-se J. Einstein & Cie. Os dois irmãos estão convencidos de que este sector em pleno crescimento oferece melhor rentabilidade do que o tradicional negócio de penas de colchão. Na década de 1880, a cidade de Munique, em processo de industrialização (relativamente tardio) desenvolveu-se muito, crescendo a população a um ritmo de dezassete mil novos habitantes por ano. O material eléctrico, uma tecnologia relativamente recente, tem alta conjuntura nestes anos. A empresa do pai de Einstein chegou a ter entre 150 e 200 trabalhadores nos seus melhores dias. Dois dos contratos que a empresa obteve foram a electrificação da cidade de Schwabing (hoje um bairro de Munique) e de Theresienwiese onde se realiza a famosa Oktoberfest de Munique.
A 18 de Novembro de 1881, nasce Maria Einstein (Maja). Einstein teria sempre uma relação muito íntima com a irmã. Einstein e Maja recebem uma educação não religiosa. Em casa não se come casher, a família não frequenta a sinagoga. O pai considera os ritos judeus como superstições antiquadas. Com três anos, Einstein tinha ainda dificuldades de fala. Os pais estão assustados. A juventude de Einstein é solitária. As outras crianças chamam-lhe "Bruder Langweil" (irmão tédio) e "Biedermann" (mesquinho). Aos cinco anos de idade, Einstein recebe um professor privado. Aos seis anos de idade, Einstein tem aulas de violino, a principio não lhe agradam e termina por abandonar-las. Mas ao longo da sua vida tocar violino, e em particular as Sonatas de Mozart, torna-se uma das suas actividades preferidas.
A 1 de Outubro de 1885, Einstein começa a frequentar uma escola primária católica em Munique. Os pais de Einstein, por não serem judeus praticantes, não se importaram que o filho frequentasse inclusive a catequese, que agradou bastante a Einstein. Curiosamente Einstein desenvolve sozinho uma fervente fé judaica e passa a cumprir os rituais judeus incluindo o Sabath e a comida casher.
Mais tarde frequentou o Luitpold Gymnasium (equivalente à escola secundária) em Munique até aos quinze anos.
Aos 10 anos Albert conhece Max Talmud, um jovem estudante de medicina que costuma jantar com a família Einstein. Max foi uma influência importantíssima na vida de Albert porque o introduziu, apesar da sua tenra idade, à leitura de importantes obras científicas e filosóficas, como por exemplo Os Elementos de Euclides ou a Crítica da Razão Pura de Kant. Em consequência dos seus estudos sobre ciência, Einstein abandona completamente a fé judaica aos 12 anos.
Entretanto, os negócios do pai de Einstein começam a correr pior do que se esperava. Há uma grande concentração da indústria do sector eléctrico. Hermann Einstein vê-se obrigado a abandonar o controlo da sua empresa de Munique. A firma é comprada em 1894 pela AEG (Allgemeine Elektrizitätsgesellschaft). Poucos anos depois, em 1910, existiriam apenas duas grandes empresas no sector: Siemens & Halske e a AEG .
Em 1894 Hermann Einstein muda-se com a família para Pavia, Itália. Ele tencionava abrir ali um novo negócio no sector eléctrico com o dinheiro de que dispunha. Uma ideia que acabaria por levá-lo à falência.
O jovem Albert Einstein (tem quinze anos) permanece em Munique por mais uns meses ao cuidado de familiares, a fim de terminar o ano lectivo. Junta-se depois à família na Itália.
Em 1895, decide entrar na universidade antes de terminar o ensino secundário, com esse objectivo fez exames de admissão à ETH Zurich (Eidgenössische Technische Hochschule, Universidade Federal Suíça em Zurique), mas reprova na parte de humanidades dos exames. Foi então enviado para a cidade de Aarau no cantão suíço de Argóvia para terminar a escola secundária, onde em 1896 recebe o seu diploma da escola secundária.
Em 1896, Einstein (com dezassete anos de idade) renuncia à cidadania alemã com o intuito de assim evitar o serviço militar alemão.
Pede então a naturalização suíça, que receberia a 21 de Fevereiro de 1901. Pagou os vinte francos suíços que o seu passaporte custou (uma quantia considerável) com as suas próprias poupanças. Nunca deixaria de ser cidadão suíço, mesmo depois de receber a cidadania americana. Nas inúmeras viagens que faria no futuro, Einstein usaria quase sempre o seu passaporte suíço.
Cursou o ensino superior na Suíça, na ETH Zurich, onde mais tarde foi docente.
A 6 de Janeiro de 1903 casou-se com Mileva Marić, sem a presença dos pais da noiva. Albert e Mileva tiveram três filhos: Lieserl Einstein, Hans Albert Einstein e Eduard Einstein. A primeira morreu ainda bebé, o mais velho tornou-se um importante professor de Hidráulica na Universidade da Califórnia e o mais jovem, formado em Música e Literatura, morreu num hospital psiquiátrico suíço.
Obteve o doutorado em 1905. No mesmo ano escreveu quatro artigos fundamentais para a Física moderna. Podemos dizer que 1905 foi o "annus mirabilis" para Einstein.
O primeiro artigo deste ano milagroso foi sobre o movimento browniano, que constitui uma evidência experimental da existência dos átomos. Antes deste artigo, os átomos eram considerados um conceito útil, mas a sua existência concreta era controversa. Einstein relacionou as grandezas estatísticas do movimento browniano com o comportamento dos átomos e deu aos experimentalistas um método de contagem dos átomos através de um microscópio vulgar. Wilhelm Ostwald, um dos que se opunham à ideia dos átomos, disse mais tarde a Arnold Sommerfeld que mudou de opinião devido à explicação de Einstein do movimento browniano.
O segundo artigo de 1905 propôs a ideia dos "quanta de luz" (os actuais fotões) e mostrou como é que poderiam ser utilizados para explicar fenómenos como o efeito fotoeléctrico. A teoria dos quanta de luz de Einstein não recebeu quase nenhum apoio por parte dos físicos durante vinte anos. Contradizia a teoria ondulatória da luz subjacente às Equações de Maxwell. Mesmo depois de as experiências terem demonstrado que as equações de Einstein para o efeito fotoeléctrico eram exactas, a explicação proposta por ele não foi aceitada. Em 1921, quando recebeu o prémio Nobel pelo seu trabalho sobre o efeito fotoeléctrico, a maior parte dos físicos ainda pensava que as equações estavam correctas, mas que a ideia de quanta de luz fosse impossível.
O terceiro artigo de 1905 sobre electrodinâmica de corpos em movimento, introduziu a relatividade restrita. Estabeleceu uma relação entre os conceitos de tempo e distância. Algumas das ideias matemáticas já tinham sido introduzidas um ano antes pelo físico neerlandês Hendrik Lorenz, mas Einstein mostrou como era possível entender esses conceitos.


Antoine Lavoisier (1743 - 1794)



Antoine Laviosier foi um químico francês que provou que a combustão necessita apenas de um dos constituintes do ar, que designou por oxigénio, destruindo deste modo a teoria do flogisto (um «elemento de fogo» imaginário libertado durante a combustão).

Com o astrónomo e matemático Pierre Laplace, em 1783, Lavoisier mostrou que a água é um composto de oxigénio e hidrogénio, estabelecendo deste modo as regras básicas das combinações químicas.Lavoisier estabeleceu que os compostos orgânicos contêm carbono, hidrogénio e oxigénio. A partir de medidas quantitativas das alterações durante a respiração, mostrou que o dióxido de carbono e a água fazem parte dos produtos da respiração.Lavoisier nasceu em Paris, tendo estudado no Collège Mazarin.
Trabalhou como cobrador de impostos e foi director da Academia de Ciências em 1785.
Dois anos mais tarde, foi membro da assembleia provincial de Orléans.

Durante a revolução francesa, o líder de esquerda Jean-Paul Marat, cuja admissão na Academia de Ciências tinha sido bloqueada por Lavoisier, acusou-o de aprisionar Paris e de impedir a circulação de ar, devido à muralha que construiu à volta desta cidade em 1787. Lavoisier abandonou a sua casa e o seu la
boratório, pondo-se em fuga em 1792, no entanto mais tarde foi preso, julgado e condenado à guilhotina.Quando o químico inglês Joseph Priestley produziu o «ar desflogisticado», Lavoisier, que já nessa altura se encontrava a estudar a combustão, foi capaz de compreender a verdadeira explicação. Continuou os seus estudos, realizando combustões de diversos compostos orgânicos no seio do oxigénio, tendo determinado as suas composições através de pesagens do dióxido de carbono e da água produzidos, naquelas que se tornaram as primeiras experiências em análise quantitativa orgânica.

Demonstrou também, através das pesagens, que a matéria se conserva durante a fermentação, como nas reacções químicas mais convencionais.




Arquimedes (287 a.c. - 212 a.c.)




Arquimedes nasceu (julga-se) no ano 287 a.C. em Siracusa - actual Sicília. Foi educado em Alexandria, no actual Egipto e pensa-se que terá sido aluno de Euclides. Alexandria era naquela época o grande centro do saber e Euclides um dos maiores matemáticos.
Depois de voltar à sua terra natal, Arquimedes fez inúmeras investigações e descobertas nas áreas da Matemática, Mecânica e Hidrostática.
Na Matemática, Arquimedes foi capaz de determinar o valor de pi, encontrou a relação entre a superfície e o volume de uma esfera, estudou as propriedades da parábola e utilizou o método da exaustão para calcular áreas, por exemplo.
Na Mecânica, inventou a “Balança de Arquimedes”, descobriu o princípio da alavanca simples e das roldanas; inventou a roldana composta. É de Arquimedes a célebre frase:



Dêem-me um ponto de apoio e moverei a Terra!

Arquimedes foi igualmente um grande inventor de máquinas de guerra, como catapultas e um sistema de espelhos para incendiar barcos inimigos.Inventou ainda o parafuso de Arquimedes, muito útil para elevar água. Na Hidrostática, descobriu a Lei da Impulsão, ou Princípio de Arquimedes, com a sua célebre experiência da banheira!

Durante a 2ª Guerra Púnica, as tropas romanas comandadas pelo general Marcelo, cercaram Siracusa. Graças às máquinas de guerra inventadas por Arquimedes, conseguiram aguentar o cerco durante dois anos, mantendo os romanos fora da ilha.
Conta-se que quando os romanos invadiram a ilha, Arquimedes se encontrava na praia desenhando na areia, a estudar problemas de geometria. Um soldado romano ordenou-lhe que o acompanhasse a casa do general Marcelo. Arquimedes continuou a sua tarefa, ignorando a ordem do soldado romano. Perante a desobediência, o soldado romano irritou-se e matou-o ali mesmo na praia.



Dmitri Mendeleiev (1834 - 1907)



Dmitri Mendeleiev nasceu na cidade de Tobolsk na Sibéria. Era o filho mais novo de uma família numerosa com cerca de 17 irmãos. O seu pai era o director da escola local, mas perdeu a visão no ano do seu nascimento e nesse mesmo ano perdeu o emprego.
A pensão que o seu pai recebia revelou-se insuficiente e a sua mãe passou a dirigir uma fábrica de cristais fundada pelo seu avô.
Na escola, desde cedo que se destacou na área das Ciências. Um cunhado, exilado por motivos políticos e um químico da fábrica inspiraram sua paixão pela ciência. Depois da morte do seu pai, um incêndio destruiu a fábrica de cristais. A sua mãe decidiu não reconstruir a fábrica mas sim investir as suas economias na educação do filho.
Nessa época todos os seus irmãos, excepto uma irmã, já viviam de forma independentemente.
A sua mãe então mudou-se com ambos para Moscou a fim de que ele ingressasse na universidade, o que não conseguiu. Talvez devido ao clima político vivido pela Rússia naquele momento a universidade só admitia moscovitas. Interessou-se pela química graças ao prestigiado professor Alexander Voskresenki.
Graduou-se em 1855 sendo o primeiro da sua classe.
Casa-se pela primeira vez, por pressão da irmã, em 1862 com Feozva Nikítichna Lescheva com a qual teve três filhos um dos quais faleceu. Esta foi uma união infeliz e, em 1871, separaram-se. Casou-se pela segunda vez em 1882 com Ana Ivánovna Popova 26 anos mais jovem. Tiveram quatro filhos. Teve de enfrentar a oposição da família de Ana e o facto de que Feozva negava-se a dar-lhe o divórcio.
Em 1869, enquanto escrevia seu livro de química inorgânica, Dmitri Ivanovich Mendeleiev organizou os elementos na forma da tabela periódica actual. Mendeleiev criou uma carta para cada um dos 63 elementos conhecidos. Cada carta continha o símbolo do elemento, a massa atómica e as suas propriedades químicas e físicas. Colocando as cartas numa mesa, organizou-as em ordem crescente de massas atómicas, agrupando-as em elementos de propriedades semelhantes. Tinha então acabado de formar a tabela periódica.
Esta tabela de Mendeleiev tinha algumas vantagens sobre outras tabelas ou teorias antes apresentadas, mostrando semelhanças numa rede de relações vertical, horizontal e diagonal. A classificação de Mendeleiev deixava ainda espaços vazios, prevendo a descoberta de novos elementos.
A tabela de Mendeleiev serviu de base para a elaboração da actual tabela periódica, que além de catalogar os 118 elementos conhecidos, fornece inúmeras informações sobre o comportamento de cada um.
Mendeleiev ordenou os 60 elementos químicos conhecidos de sua época na ordem crescente de peso atômico de certa forma que em uma mesma vertical ficavam os elementos com propriedades químicas semelhantes, constituindo os grupos verticais, ou as chamadas famílias químicas. O trabalho de Mendeleiev foi um trabalho audacioso e um exemplo espetacular de intuição científica.De todos os trabalhos apresentados que tiveram influência na tabela periódica o de Mendeleiev teve maior perspicácia.
Mendeleiev foi um dos que defendeu a hipótese da origem inorgânica do petróleo.
Viajou por toda a Europa visitando vários cientistas. Em 1902 foi a Paris e esteve no laboratório do casal Curie.
Faleceu em 1907 já praticamente cego.


Edwin Hubble (1889 - 1953)



Edwin Powell Hubble foi um astrofísico norte-americano que nasceu a 20 de Novembro de 1889, em Marshfield, no Missouri, Estados Unidos da América.
Formou-se em Matemática e Astronomia na Universidade de Chicago, licenciando-se depois em Direito, em Oxford. Esta carreira de jurista viria a durar pouco tempo, pois teve a oportunidade de trabalhar em pesquisas no Observatório de Yerkes. A Primeira Guerra Mundial interrompeu-lhe a actividade profissional, pois teve que cumprir o serviço militar.
Em 1919, no entanto, estava já de regresso à sua paixão, a astronomia, pois nesse mesmo ano integrou a equipa do Observatório de Mount Wilson, no estado de Washington, no seu país natal. Trabalhou também no Observatório de Monte Palomar, o mais célebre e importante dos EUA.
Na sequência das suas investigações, descobre em 1923 uma cefeida (estrela cujo brilho varia segundo um período bem determinado, que oscila entre algumas horas e uma semana). Hubble, em 1924, a partir dessa descoberta, demonstrou a existência de nebulosas extra-galácticas formadas por sistemas estelares independentes. Considerou que muitas nebulosas, aparentes, mais não eram do que galáxias exteriores à nossa. Observando as cefeidas conseguiu calcular a distância entre várias dessas galáxias, do género da Via Láctea. Em 1929, confirma a teoria da expansão do universo e anuncia que a velocidade entre duas nebulosas é proporcional à distância entre ambas. A relação entre estas grandezas ficou conhecida como constante de Hubble. Quanto mais afastadas estão da Terra, parecem distanciar-se com maior velocidade, facto no qual baseou a sua teoria do universo em expansão, que mais tarde outros astrónomos desenvolveram, como Eddington, de Sitter, Lemaître e outros.


Morreu em San Marino, Califórnia, em 28 de Setembro de 1953.

Em homenagem aos seus esforços e investigações em prol da astronomia, foi dado o seu nome ao primeiro telescópio espacial, o telescópio Hubble, colocado em órbita em 1990, com o objectivo de estudar o espaço sem as distorções provocadas pela atmosfera.



Ernest Rutherford (1871 - 1937)



Ernest Rutherford nasceu em Nelson, Nova Zelândia, a 30 de Agosto de 1871. Estudou matemática e física no Canterbury College, em Christchurch e com o auxílio de uma bolsa de estudo, ingressou em 1895 no Cavendish Laboratory, em Cambridge.
Foi professor de física e química na McGill University (Canadá), de 1898 a 1907 e na Manchester University (Inglaterra), de 1907 a 1919. Em 1919, sucedeu J. J. Thomson na direcção do Cavendish Laboratory, cargo que exerceu até ao resto da sua vida e onde realizou importantes investigações.
Em 1932 detectou, juntamente com Walton e Cockroft a captura de um protão pelo Litio 7, decompondo-se em duas partículas alfa e libertando energia. Dois anos mais tarde, conseguiu, com Oliphant e Harteck efectuar a fusão de dois deuterões que se transformam em hélio 3 e um neutrão, ou em trítio e um protão (libertando-se energia em qualquer das reacções).
Actualmente considerado o fundador da Física Nuclear, Rutherford introduziu o conceito de núcleo atómico ao investigar a dispersão das partículas alfa por folhas delgadas de metal. Rutherford verificou que a grande maioria das partículas atravessava a folha sem se desviar e concluiu, com base nessas observações e em cálculos, que os átomos de ouro - e, por extensão, quaisquer átomos - eram estruturas praticamente vazias, e não esferas maciças. Rutherford também descobriu a existência dos protões, as partículas com carga positiva que se encontram no núcleo. Pelas suas investigações sobre a desintegração dos elementos e a química das substâncias radioactivas, obteve em 1908 o Prémio Nobel da Química. Foi também presidente da Royal Society (1925-1930), e homenageado em 1931 com o título de primeiro barão de Rutherford de Nelson e Cambridge.

Faleceu em Cambridge, Inglaterra, a 19 de Outubro de 1937.




Galileu Galilei (1564 - 1642)



Matemático, astrónomo e físico italiano. Desenvolveu o telescópio astronómico e foi o primeiro a observar manchas solares, os quatro principais satélites de Júpiter e as fases de Vénus, provando que a Terra orbita à volta do Sol. Na mecânica, Galileu descobriu que um corpo em queda livre, tem sempre a mesma aceleração, independentemente da sua massa. Mostrou também que um corpo em movimento numa superfície horizontal perfeitamente lisa não tem aceleração - positiva ou negativa.O trabalho de Galileu estabeleceu o método científico moderno na dedução de leis para explicação de resultados de observações e experiências. As suas observações tornaram-se uma refutação das ideias de Aristóteles, ensinadas nas universidades (então dirigidas pela igreja). Pela primeira vez, tornavam plausível o modelo heliocêntrico (Sol no centro) do astrónomo polaco Nicolau Copérnico. O persuasivo Dialogo Sopra i Due Massimi Sistemi del Mondo (1632) de Galileu foi banido pelas autoridades eclesiásticas em Roma, tendo sido obrigado a retractar-se pela Inquisição.Galileu nasceu e foi educado em Pisa. Em 1589, tornou-se professor de matemática na universidade local, em 1592, leccionou em Pádua e, em 1610, foi nomeado matemático principal do grande duque da Toscânia. Quando foi julgado por heresia, em 1633, e forçado a abjurar a sua crença de que a Terra se movia à volta do Sol, Galileu terá murmurado: «Eppur si muove» («No entanto move-se»). Foi colocado em prisão domiciliária nos últimos anos da sua vida.
Galileu descobriu, em 1583, que cada oscilação de um pêndulo demora exactamente o mesmo tempo, independentemente das diferenças de amplitude. Inventou o termómetro e a balança hidrostática e descobriu que a trajectória de um projéctil é parabólica.

Galileu publicou De Motu, em 1590. Tendo construído os seus próprios telescópios, publicou as suas primeiras descobertas no Sidereus Nuncius (1610), livro que causou sensação pela Europa inteira. Resumiu o trabalho de uma vida inteira no Discorsi e Dimostrazioni Matematiche Intorno a Due Nove Scienze. O manuscrito deste livro foi secretamente levado para fora de Itália e publicado na Holanda, em 1638.



Isaac Newton (1642 - 1727)



Isaac Newton nasceu em 4 de Janeiro de 1643 em Woolsthorpe, Inglaterra. Orfão e abandonado pela mãe aos três anos de idade, Newton foi criado pelos avós, tendo mostrado sempre uma incrível habilidade para construir objectos mecânicos artesanais.
A Geometria de Descartes estimulou-lhe o interesse pelas ciências exactas. Isaac Barrow, professor no Trinity College, em Cambridge, viria a estimular-lhe o gosto pela matemática. Estudou as obras de importantes matemáticos como Euclides, Oughtred, Kepler, Viète, Wallis, Galileu, Fermat e Huygens e aos 23 anos de idade desenvolveu a sua famosa teoria da gravitação universal, que explica as forças envolvidas nos movimentos dos planetas, ampliando e corrigindo algumas das ideias antes intuídas por Kepler, e que levariam, mais tarde, à descoberta de novos planetas.
Em 1669 assumiu o ensino da matemática no Trinity College, sucedendo a Isaac Barrow, seu antigo professor. Em 1772 foi eleito membro da Royal Society, graças à invenção de um novo modelo de telescópio reflector e às suas descobertas sobre a composição da luz.
Com a publicação da obra “Philosophiae Naturalis Principia Mathematica”, em 1689, Newton tornou-se célebre em toda a Europa. Newton deduziu a fórmula do binómio que tem o seu nome e desenvolveu um método para a solução de problemas com grandezas variáveis denominado por ele como "método das fluxões", conhecido hoje por cálculo infinitesimal.
Descobriu a natureza da luz através de experiências engenhosamente concebidas com prismas, fendas e anteparos. Deduziu a expressão da aceleração centrípeta, e com ela comparou a aceleração necessária para manter a Lua na sua órbita com a aceleração com que os objectos caem na superfície da Terra. Durante a sua vida publicou "Methodus fluxiorum et serierium infinitorum" (1642), ‘’De analysi per aequationes numero terminorum infinitas’' (1667), "Philosophiae naturalis principia mathematica" (1687), "Philosophical Transaction" (1672), "Opticks" (1704 ).
Nos últimos anos de vida Newton confrontou-se com Leibniz sobre quem teria sido o primeiro a conceber o cálculo infinitesimal.

Esta querela conheceu contornos menos dignos, como quando Isaac Newton, como presidente da Royal Society, encomendou um parecer "imparcial" para decidir nesta matéria, de que ele próprio foi autor encapotado.
Morreu em 1727, pouco tempo antes de completar oitenta e cinco anos de idade. Foi enterrado na Abadia de Westminster, Londres. Sobre o seu túmulo foi inscrito em latim o seguinte epitáfio: "Que os mortais se regozijem por ter existido tamanho ornamento da raça humana".


Johannes Kepler (1571 - 1630)


Johannes Kepler nasceu em 27 de Dezembro de 1571 na cidade de Weil der Stadt, no Sul da Alemanha, no seio de uma família protestante. Com o auxílio de uma bolsa de estudo, ingressou em 1589 na Universidade de Tübingen, e aí aprendeu grego, hebreu, astronomia, física e matemática.
Tornou-se professor de matemática num colégio protestante de Graz, na Áustria e em 1596 publicou o seu primeiro trabalho, “Mysterium Cosmographicum”, onde defendeu que a medida de cada órbita planetária é determinada por um poliedro inscrito na órbita anterior.
Entre 1617 e 1621 publicou os sete volumes do “Epitome Astronomiae Copernicanae”, obra que se tornou a introdução mais importante à astronomia heliocêntrica, e que contrariava a concepção aristotélica do universo, na altura defendida pela Igreja Católica. Foi ainda autor de diversos artigos científicos sobre óptica, astronomia e matemática.
No seu percurso científico, é de destacar a convivência que teve com o prestigiado astrónomo dinamarquês Tycho Brahe, a quem viria a suceder, por ocasião da sua morte, em Outubro de 1601, como matemático da corte. Com esta sucessão, Kepler teve acesso a dados de Tycho Brahe que lhe permitiram, ao fim de várias tentativas, determinar as leis dos movimentos dos planetas e conquistar um lugar de destaque no desenvolvimento da astronomia. Os muitos cálculos que Kepler teve de efectuar foram facilitados pelo aparecimento dos logaritmos de Neper, tendo sido Kepler o primeiro a publicar uma explicação rigorosa dos mesmos. Assim, eram muito rigorosas as tabelas astronómicas que veio a publicar, as “Tabulae Rudolphinae”.

Ao estudar o problema da determinação do volume de uma pipa de vinho, Kepler, utilizando métodos com raizes em Arquimedes, veio a colaborar nos primórdios do cálculo infinitesimal.

Durante a sua vida, Kepler foi diversas vezes perseguido pela Contra-Reforma Católica. Em 1626 a sua casa foi incendiada, facto que o levou a deixar a Aústria e a refugiar-se em Ulm, Alemanha, onde imprimiu as “Tabulae Rudolphinae”, publicadas em 1627.
Faleceu em 15 de Novembro de 1630, em Regensburg, Alemanha.



John Dalton (1766 - 1844)



John Dalton nasceu a 6 de Setembro de 1766 em Eaglesfield, falecendo em Manchester a 27 de Julho de 1844. Foi um cientista inglês que fez um extenso trabalho sobre a teoria atómica, dedicando a sua vida ao ensino e à pesquisa. Dalton é mais conhecido pela famosa Lei de Dalton, a lei das pressões parciais e pelo daltonismo, o nome que se dá à incapacidade de distinguir as cores, assunto que ele estudou e mal de que sofria.
Ensinou Matemática, Física e Química, no New College em Manchester. Em 1825, recebeu a medalha da Sociedade Real pelo seu trabalho sobre a teoria atómica. Possuia grande pendor para o magistério e grande dedicação às ciências.
Para ele tudo era formado por partículas, e retomou a ideia do átomo e da sua estrutura. Utilizou o nome de "átomo", em homenagem a Leucipo e seu aprendiz Demócrito. Essas partículas eram esferas de diferentes tipos em relação a quantidades de átomos conhecidos. A palavra átomo, de origem grega, significa exatamente indivísivel, pois segundo Demócrito, a sua divisão era impossível. O modelo atómico que desenvolveu, representava o átomo como uma particula maciça. Ficou então conhecido como o modelo da "Bola de bilhar".



Louis Joseph Gay-Lussac (1778 - 1850)



Louis Joseph Gay-Lussac ou Joseph Louis Gay-Lussac, de origem francesa, nasceu no dia 6 de Dezembro de 1778, em Saint-Lèonard-de-Noblat foi um físico e químico.
É conhecido actualmente pelas contribuições que fez às leis dos gases. Em 1802, Gay-Lussac foi o primeiro a formular a segunda lei dos gases, que se pode enunciar da seguinte forma:

Quando se mantém a pressão constante, o volume de um gás é directamente proporcional à sua temperatura absoluta. Esta lei é conhecida actualmente como Lei de Charles e Gay-Lussac.
Outra grande contribuição de Gay-Lussac é a sua Lei volumétrica, onde ele afirma que nas mesmas condições de temperatura e pressão, os volumes dos gases que participam numa reacção química têm entre si uma relação de números inteiros e pequenos. A sua tese foi publicada em 1808, e envolvia a reacção entre o hidrogénio e oxigénio, cujo produto era vapor de água.




Marie Curie (1867 - 1934) - Única a receber 2 Nobel em áreas científicas.





Nasceu na actual capital da Polónia, em Varsóvia, a 7 de Novembro de 1867, altura em que a mesma fazia parte do Império Russo. Com o auxílio financeiro de sua irmã mudou-se já na juventude para Paris.
Licenciou-se em primeiro lugar em Ciências Matemáticas e Física, na Sorbonne. Foi a primeira mulher a lecionar neste prestigiado estabelecimento de ensino.
Casou-se em 1895 com Pierre Curie, professor de Física, tendo então adoptado o nome de Marie Curie. Em 1896, Henri Becquerel incentivou-a a estudar as radiações, por ele descobertas, emitidas pelos sais de urânio. Juntamente com o seu marido, Marie começou, então, a estudar os materiais que produziam esta radiação, procurando novos elementos que, segundo a hipótese que os dois defendiam, deveriam existir em determinados minérios como a pechblenda (que tinha a curiosa característica de emitir mais radiação que o urânio que dela era extraído). Efetivamente, em 1898 deduziram essa explicação: haveria, com certeza, na pechblenda, algum componente que libertava mais energia que o urânio; em 26 de Dezembro desse ano, Marie Curie anunciava a descoberta dessa nova substância à Academia de Ciências de Paris.

Após vários anos de trabalho constante, através da concentração de várias classes de pechblenda, isolaram dois novos elementos químicos. O primeiro foi nomeado Polónio, em homenagem à sua terra Natal, e o outro Rádio, devido à sua intensa radiação, do qual conseguiram obter em 1902 0,1 g.

Posteriormente partindo de oito toneladas de pechblenda, obtiveram mais 1 g de sal de Rádio. Nunca patentearam o processo de obtenção desenvolvido. Os termos radioactivo e radioactividade foram inventados pelo casal para caracterizar a energia liberada espontaneamente por este novo elemento químico.
Com Pierre Curie e Antoine Henri Becquerel, recebeu o Prémio Nobel da Física, em 1903 "em reconhecimento pelos extraordinários serviços obtidos em suas investigações conjuntas sobre os fenómenos da radiação, descoberta por Henri Becquerel". Foi a primeira mulher a receber tal prémio.
Oito anos depois recebeu o prémio Nobel da Química em 1911 «em reconhecimento pelos seus serviços para o avanço da química, pela descoberta dos elementos rádio e polónio, o isolamento do rádio e o estudo da natureza dos compostos deste elemento». Com uma atitude desinteressada, não patenteou o processo de isolamento do rádio, permitindo a investigação das propriedades deste elemento por toda a comunidade científica.
O prémio Nobel da Química foi-lhe atribuído no mesmo ano em que a Academia de Ciências de Paris a rejeitou para sócia, após uma votação ganha por Edouard Branly, tendo perdido a admissão apenas por um voto.
Foi a primeira pessoa a receber dois Prémios Nobel em campos diferentes. A única outra pessoa, até hoje, foi Linus Pauling.
No entanto, Marie Curie foi a única pessoa a receber dois prémios Nobel em áreas científicas.
Em 1906, sucedeu ao seu marido na cadeira de Física Geral, na Sorbonne.
Durante a Primeira Guerra Mundial, Curie propôs o uso da radiografia móvel para o tratamento de soldados feridos. Em 1921 visitou os Estados Unidos, onde foi recebida triunfalmente. O motivo da viagem era arrecadar fundos para a pesquisa. Nos seus últimos anos foi assediada por muitos físicos e produtores de cosméticos, que usavam material radioativo sem precauções.
Foi ainda a fundadora do Instituto do Rádio, em Paris, onde se formaram cientistas de importância reconhecida. Em 1922 tornou-se membro associado livre da Academia de Medicina.
Marie Curie morreu perto de Salanches, França, em 1934 de leucemia, devido, seguramente, à exposição maciça a radiações durante o seu trabalho. A sua filha mais velha, Irène Joliot-Curie, recebeu pela mãe o segundo Prémio Nobel da Química, em 1935, que lhe foi atribuído no ano seguinte à sua morte.
O seu livro "Radioactivité" (escrito ao longo de vários anos), publicado a título póstumo, é considerado um dos documentos fundadores dos estudos relacionados com a Radioactividade clássica.
Em 1995 seus restos mortais foram transladados para o Panteão de Paris, tornando-se a primeira mulher a ser sepultada neste local.
A sua filha, Éve Curie, escreveu a mais famosa das biografias da cientista, que foi amplamente traduzida em vários idiomas. Em Portugal, é editada pela editora "Livros do Brasil". Esta obra deu origem ao argumento de um filme de 1943: "Madame Curie", realizado por Mervyn LeRoy e com Greer Garson no papel de Marie.
Foram também feitos dois telefilmes sobre a sua vida: "Marie Curie: More Than Meets the Eye" (1997) e "Marie Curie - Une certaine jeune fille" (1965), além de uma mini-série francesa, "Marie Curie, une femme honorable" (1991).
O elemento 96 da tabela periódica, o Cúrio, símbolo Cm foi baptizado em honra do Casal Curie.




Max Planck (1858 - 1947)




Max Karl Ernst Ludwig Planck nasceu em Kiel - Alemanha no dia 23 de Abril de 1858. Dedicou a sua vida ao estudo da física, tendo sido considerado o pai da teoria quântica, o que lhe valeu o prémio Nobel da física em 1918.

Max Planck estudou em Munique e obteve o seu doutoramento em 1879 na capital - Berlim.

Voltou para Munique em 1880 a fim de leccionar na universidade local, seguindo posteriormente para a sua cidade natal, Kiel em 1885.

Casou-se com Marie Merck em 1886. Em 1889, Planck seguiu para a Universidade de Berlim e após dois anos foi nomeado professor de Física Teórica, substituindo Gustav Kirchhoff.

Em 1899, descobriu uma nova constante fundamental, chamada posteriormente em sua homenagem Constante de Planck, e que é usada, por exemplo, para calcular a energia do fotão.

Um ano depois, descobriu a lei da radiação térmica, chamada Lei de Planck da Radiação. Esta foi a base da teoria quântica, que surgiu dez anos depois com a colaboração de Albert Einstein e Niels Bohr.

De 1905 a 1909, Max Planck foi director-chefe da Deutsche Physikalische Gesellschaft (Sociedade Alemã de Física). A sua mulher morreu em 1909, e ,um ano depois, Planck casou-se novamente com Marga von Hoesslin.
Em 1913, foi nomeado reitor da Universidade de Berlim.
Entre 1930 e 1937, foi presidente da Kaiser-Wilhelm-Gesellschaft zur Förderung der Wissenschaften (KWG, Sociedade para o Avanço da Ciência do Imperador Guilherme).
Durante a Segunda Guerra Mundial, Max Planck tentou convencer Hitler a dar liberdade aos cientistas judeus. O filho de Planck, Erwin, foi executado no dia 20 de julho de 1944, acusado de traição relacionada a um atentado para matar Hitler.

Morreu a 4 de outubro de 1947 em Göttingen. A seguir o instituto KWG foi renomeado como Max-Planck-Gesellschaft zur Förderung der Wissenschaften (MPG, Sociedade Max Planck para o Progresso da Ciência).




Nicolau Copérnico (1473 - 1543)





Nicolau Copérnico foi um polaco, nascido na cidade de Toruń, no dia 19 de Fevereiro de 1473. Afirmou-se como astrónomo e matemático e ficou conhecido por desenvolver a teoria heliocêntrica do Sistema Solar. Foi também cónego da Igreja Católica, governador e administrador, jurista, astrólogo e médico.
A sua teoria do Heliocentrismo, que colocou o Sol como o centro do Sistema Solar, contrariando a então vigente teoria geocêntrica (que considerava, a Terra como o centro), é considerada uma das mais importantes hipóteses científicas de todos os tempos, tendo constituído o ponto de partida da astronomia moderna. A teoria copernicana permitiu também a emancipação da cosmologia da teologia.












O cardeal S. Roberto Francisco Belarmino presidiu o tribunal que proibiu a teoria copernicana. Culto e moderado, ele conseguiu poupar Galileu. Estimulado pelo novo papa Urbano VIII, seu grande admirador, o cientista voltou à carga. Mas o Papa sentiu-se ridicularizado num livro de Galileu. E isso motivou a sua condenação.
O percurso das balas de canhão e a queda dos corpos também foram estudadas por Galileu. Ele demonstrou que a curva descrita pelos projecteis é um arco de parábola e que os corpos caem em movimento uniformemente acelerado. Segundo as biografias romanceadas do cientista, ele teria realizado uma experiência que desmoralizou definitivamente a física aristotélica. Subindo ao alto da torre de Pisa, deixou cair, no mesmo instante, dois corpos esféricos de volumes e massas diferentes: uma bala de mosquete e outra de canhão. Contra as expectativas dos académicos aristotélicos, que apostavam na vitória da bala de canhão e na derrota do cientista, os corpos chegaram rigorosamente juntos ao chão.
O historiador da ciência Alexandre Koyré demonstrou que, assim como muitos outros mitos que enfeitam os relatos sobre a vida de Galileu, a famosa experiência de Pisa jamais ocorreu. Ela foi, na verdade, um experiência idealizada, que o cientista realizou no recesso da sua consciência, e não um ruidoso espetáculo público. Sabia-se, desde o final da Idade Média, que a velocidade dos corpos aumentava à medida que eles caíam. E também se conhecia a lei matemática que descreve os movimentos uniformemente acelerados. O mérito de Galileu foi juntar as duas coisas e mostrar que, descartada a resistência do ar, todos os objectos caem com a mesma aceleração.







Niels Henrik Bohr (1885 - 1962)





Niels Henrik David Bohr, filho de Christian Bohr, e de Ellen Adler, nasceu a 7 de Outubro de 1885 em Copenhaga, Dinamarca. O seu pai, que era professor de fisiologia na Universidade de Copenhaga, desde cedo o incentivou a estudar física e matemática e proporcionou-lhe o acesso à leitura e à cultura.
Em 1903, Niels matriculou-se na Escola Secundária de Gammelholm. Mais tarde, Bohr entrou para a Universidade de Copenhaga, onde foi influenciado pelo Professor Christiansen, um físico bastante reconhecido e prestigiado na época. Obteve em 1906 o grau de mestre e em Maio de 1911 obteve o grau de doutor com a tese "Studies on the electron theory of metals", que dedicou a seu pai, falecido meses antes.
Enquanto estudante, um anúncio, da Academia de Ciências de Copenhaga, de um prémio para quem resolvesse um determinado problema científico levou-o a realizar uma investigação teórica e experimental sobre a tensão da superfície provocada pela oscilação de jactos fluídos. Por este trabalho, levado a cabo no laboratório do seu pai, e publicado pela Royal Society em 1908, Bohr foi condecorado pela Academia de Ciências dinamarquesa com uma medalha de ouro. Bohr continuou as suas investigações. No Outono de 1911, Bohr mudou-se para Cambridge, onde trabalhou no Laboratório Cavendish sob a orientação de J. J. Thomson. Na Primavera de 1912, Niels Bohr passou a trabalhar no Laboratório do Professor Rutherford, em Manchester. Aí realizou um importante trabalho sobre a absorção de raios alpha, que viria a ser publicado na “Philosophical Magazine”, em 1913.

De regresso à Dinamarca, em 1913, Bohr passou a dedicar-se ao estudo da estrutura do átomo, baseando-se na descoberta do núcleo atómico, realizada por Rutherford. Bohr acreditava que, utilizando a teoria quântica de Planck, seria possível criar um novo modelo atómico, capaz de explicar a forma como os electrões absorvem e emitem energia radiante.

Em 1913, Bohr , estudando o átomo de hidrogénio, conseguiu formular um novo modelo atómico. A teoria de Bohr sobre a constituição do átomo, que foi sucessivamente enriquecida, representou um passo decisivo no conhecimento do átomo. A sua publicação teve uma enorme repercussão no mundo científico e permitiu a Bohr alcançar grande prestígio e reputação. De 1914 a 1916 foi professor de Física Teórica na Universidade de Victoria, em Manchester. Mais tarde, voltou para Copenhaga, onde foi nomeado director do Instituto de Física Teórica em 1920.
Pelas suas investigações sobre a estrutura atómica à luz da Mecânica Quântica, ganhou em 1922 o Prémio Nobel da Física. Nesse mesmo ano, publicou a obra “The Theory of Spectra and Atomic Constitution”, cuja segunda edição foi publicada em 1924.
Em 1933, juntamente com seu aluno Wheeler, Bohr aprofundou a teoria da fissão, evidenciando o papel fundamental do urânio 235. Estes estudos permitiram prever também a existência de um novo elemento, descoberto pouco depois: o plutónio. Um ano depois publicou o livro “Atomic Theory and the Description of Nature”, que foi reeditado em 1961. Em Janeiro de 1937, participou na Quinta Conferência de Física Teórica, em Washington, na qual defendeu a interpretação de L. Meitner e Otto R. Frisch, também do Instituto de Copenhaga, para a fissão do urânio. Durante a ocupação nazi da Dinamarca, refugiou-se na Inglaterra e nos Estados Unidos, onde ocupou o cargo de consultor do laboratório de energia atómica de Los Alamos. Neste laboratório, alguns cientistas iniciavam a construção da bomba atómica. Compreendendo a gravidade da situação e o perigo que essa bomba poderia representar para a humanidade, Bohr dirigiu-se a Churchill e Roosevelt, num apelo (em vão) à sua responsabilidade de chefes de Estado, tentando evitar a construção da bomba atómica.
Reegressou à Dinamarca, onde foi eleito presidente da Academia de Ciências. Bohr continuou a apoiar as vantagens da colaboração científica entre as nações e foi promotor de congressos científicos organizados periodicamente na Europa e nos Estados Unidos. A sua luta em defesa da preservação da paz, por ele considerada como condição indispensável para a liberdade de pensamento e de pesquisa, valeu-lhe a atribuição, em 1957, do U.S. Atoms for Peace Award (Prémio Átomos para a Paz). Faleceu a 18 de Novembro de 1962, em Copenhaga, Dinamarca, vítima de uma trombose, aos 77 anos de idade.




Pierre Curie (1859 - 1906)






Pierre Curie (Paris, 15 de maio de 1859 – Paris, 19 de abril de 1906) foi um físico francês, pioneiro no estudo da cristalografia, magnetismo, piezoelectricidade e radioactividade. Obteve o prémio Nobel da Física em 1903, juntamente com a sua mulher Marie Curie, outra famosa física: "em reconhecimento pelos extraordinários serviços que ambos prestaram através da suas pesquisas conjuntas sobre os fenómenos da radiação descobertos pelo professor Henri Becquerel".
Pierre foi educado em casa pelo seu pai, e nos primeiros anos da sua adolescência revelou uma forte aptidão para a matemática e a geometria. Aos 18 anos já tinha obtido o equivalente a um grau superior, mas não seguiu imediatamente para o doutoramento por falta de dinheiro. Em vez disso, trabalhou como instrutor de laboratório.
Em 1880, Pierre e o seu irmão mais velho Jacques demonstraram que se gerava um potencial eléctrico quando se comprimiam cristais, a piezoelectricidade. Pouco depois, em 1881, eles demonstraram a existência do efeito inverso: que os cristais podiam ser deformados quando submetidos a um campo eléctrico. Quase todos os actuais circuitos electrónicos digitais recorrem a este fenómeno.
Antes dos seus famosos estudos de doutoramento sobre o magnetismo, ele concebeu e aperfeiçoou uma balança de torsão extremamente sensível para medir os coeficientes magnéticos. Os investigadores que o seguiram nesta área utilizaram regularmente uma qualquer variedade deste equipamento. Pierre Curie estudou o ferromagnetismo, o paramagnetismo, e o diamagnetismo para a sua tese de doutoramento, e descobriu o efeito da temperatura sobre o paramagnetismo que é actualmente conhecido por lei de Curie.
A constante material da lei de Curie é conhecida como a constante de Curie. Ele também descobriu que as substâncias ferromagnéticas apresentam uma temperatura crítica de transição, acima da qual as substâncias perdem o seu comportamento ferromagnético. Esta temperatura é conhecida por ponto de Curie.

Pierre Curie enunciou em 1894 o "Principio universal de simetría": As simetrias presentes nas causas de um fenómeno físico também são encontrados nas suas consequências.
Pierre trabalhou com a sua mulher
Marie Curie no isolamento do polónio e do rádio. Eles foram os primeiros a usar o termo 'radioactividade', e foram pioneiros no seu estudo. No seu trabalho, incluindo o conhecido trabalho de doutoramento de Marie, usaram um electrómetro piezoeléctrico de precisão construído por Pierre e pelo seu irmão Jacques.
Pierre Curie e um estudante seu foram os primeiros a descobrir a energia nuclear, ao identificarem a emissão contínua de calor das partículas do rádio. Ele também investigou as emissões de radiação das substâncias radioactivas, e conseguiu demonstrar, com o recurso a campos magnéticos, que as emissões apresentavam carga positiva, negativa ou eram neutras. Essas emissões correspondem às partículas alfa, beta e radiações gama.
O casal Curie autenticou a médium Eusapia Paladino, numa carta a Georges Gouy, datada de 24 de Julho, 1905, por sessões supervisionadas por eles próprios:
Foi muito interessante e, realmente os fenômenos que vimos pareciam inexplicáveis como truques, mesas com quatro pernas suspensas, movimentos de objetos até a certa distancia, mãos que beliscam ou acariciam a pessoa, aparições luminosas. Tudo num local preparado por nós, com um pequeno número de espectadores, todos conhecidos nossos e sem qualquer possível cúmplice. O único truque possível é o que poderia resultar da extraordinária facilidade da médium como mágica. Mas, como explicar o fenômeno quando se está segurando as mãos e os pés dela e quando a luz é suficiente para se ver tudo que acontece?
O casal confirmou a genuinidade de Paladino em outra carta, em 14 de abril de 1906, poucos dias antes de Pierre morrer, novamente a Georges Gouy:
Tivemos mais algumas sessões com a médium Palladino. O resultado é que esses fenômenos realmente existem e não é mais possível para mim duvidar disso. É improvável, mas existem, e é impossível negar isso, após as sessões que tivemos, em condições controladas. Uma espécie de membros fluidos destacam-se da médium (principalmente dos braços e das pernas...) e empurram com força os objetos. Esses membros fluidos se formam em geral sobre um pedaço de material negro... Mas algumas vezes eles pulam para o ar aberto. Não tenho dúvida que depois de algumas boas sessões, você se convencerá... Você, que tem uma intuição tão grande, com tanta freqüência sobre os fenômenos, como explica esses deslocamentos de objetos de uma distância, como concebe que a coisa seja possível? Existe aqui, em minha opinião, todo um território de fatos inteiramente novos, e estados físicos no espaço, dos quais não temos qualquer idéia.
Esta informação consta no livro de Susan Quinn, chamado "Marie Curie, Uma Vida".
Pierre Curie morreu em 19 de Abril de 1906, em resultado de um acidente de viação quando atravessava a Rue Dauphine em Paris durante uma tempestade. A sua cabeça foi esmagada pela roda de uma carruagem, escapando a uma provável morte por envenenemanto por radiações como a que veio a matar a sua mulher. Os restos mortais de Pierre e Marie foram depositados na cripta do Panthéon de Paris em Abril de 1995.
O curie (Ci) é uma unidade de radioactividade correspondente a 3.7 x 1010 desintegrações por segundo. O nome da unidade foi originalmente atribuído, em homenagem a Pierre Curie, pelo Congresso de Radiologia de 1910.
A filha de Pierre e Marie Curie,
Irène Joliot-Curie e o seu genro, Frédéric Joliot, foram igualmente físicos destacados, que se dedicaram ao estudo da radioactividade.


Werner Heisenberg (1901 - 1976)


Werner Karl Heisenberg nasceu em Würzburg na Alemanha, foi um famoso físico, laureado com o Prémio Nobel da Física e um dos fundadores da Mecânica Quântica.
Heisenberg doutorou-se pela Universidade de Munique, em 1923, e foi o chefe do programa de energia nuclear da Alemanha Nazi, apesar da natureza do seu trabalho nesta função ter vindo a ser fortemente debatida.
Em 1924 Heisenberg tornou-se assistente de Max Born no centro universitário de Göttingen, transferiu-se para Copenhaga, onde trabalhou com Niels Bohr.
Em 1925 desenvolveu a Mecânica Matricial, o que constituiu o primeiro desenvolvimento da Mecânica Quântica.
Em 1927 passou a ensinar física na Universidade de Leipzig, onde enunciou o Princípio da Incerteza ou Princípio de Heisenberg, segundo o qual é impossível medir simultaneamente e com precisão absoluta a posição e a velocidade de uma partícula, isto é, a determinação conjunta do momento e posição de uma partícula, necessariamente, contém erros não menores que a constante de Planck. Esses erros são desprezíveis em âmbito macroscópico, porém se tornam importantes para o estudo de partículas atômicas; as duas grandezas podem ser determinadas exatamente de forma separada, quanto mais exacta for uma delas, mais incerta se torna a outra.
Em 1932, Heisenberg recebeu o prémio Nobel da Física pela "criação da mecânica quântica, cuja aplicação possibilitou, entre outras, a descoberta das formas alotrópicas do hidrogénio".

De 1942 a 1945, dirigiu o Instituto Max Planck em Berlim. Durante a Segunda Guerra Mundial trabalhou com Otto Hahn, um dos descobridores da fissão nuclear, no projecto de um reactor nuclear.

Heisenberg organizou e dirigiu o Instituto de Física e Astrofísica de Göttingen.
Em 1958, o Instituto de Física e Astrofísica foi mudado para Munique, onde o cientista se concentrou na pesquisa sobre a teoria das partículas elementares, fez descobertas sobre a estrutura do núcleo atómico, da hidrodinâmica das turbulências, dos raios cósmicos e do ferromagnetismo.
Albert Einstein e outros cientistas rejeitaram as idéias do físico, pois estas romperam em grande parte os princípios imóveis da física newtoniana. O "princípio de Heisenberg", utilizando fartamente o cálculo estatístico, além de mecanismos desenvolvidos para a comprovação de suas teorias, abriu um novo campo não só para a Física, mas para a teoria do conhecimento.



Ponte de gelo gigante ruiu na Antárctida



Colapso terá sido causado pelo aquecimento global



Uma ponte de gelo que ligava a um vasta região gelada na Antárctida do tamanho da Jamaica a uma pequena ilha colapsou ontem e os cientistas consideram que se trata de uma consequência do aquecimento global. “É espantoso como o gelo ruiu. Há dois dias estava intacto. Esperámos muito para ver isto”, disse à Reuters David Vaughan, investigador do British Antarctic Survey.
A gigantesca plataforma de gelo tem vindo a diminuir desde 1990 e esta foi a primeira vez que se perdeu uma das ligações, que partiu no ponto mais fino registado nos 40 quilómetros da faixa de gelo, adiantou a BBC. Imagens de satélite captadas pela Agência Espacial Europeia mostram uma faixa de gelo com cerca de 40 quilómetros que mantém a plataforma de gelo Wilkins Ice Shelf no lugar a despedaçar-se no ponto mais frágil, com cerca de 500 metros de largura. Na parte ocidental da península da Antárctida ficaram a boiar novos icebergs, adiantou a BBC.
“A ilha de Charcot vai ser, pela primeira vez na história, uma verdadeira ilha”, disse Vaughan à Reuters. Uma das consequências é que as correntes poderão agora continuar a desfazer a plataforma de Wilkins.

Nos últimos 50 anos já desapareceram cerca de 50 plataformas de gelo na Antárctida, como a Larsen A em 1995 e a Larsen B em 2002. Algumas estariam formadas há cerca de 10 mil anos, e a formação de cada uma demorou várias centenas de anos.

Naquela região a temperatura aumentou pelo menos 3 graus Celsius nos últimos 50 anos. “Acreditamos que o aquecimento na Península da Antárctida está relacionado com as alterações climáticas globais, ainda que a ligação não seja totalmente clara”, adiantou Vaughan.

05.04.2009 PÚBLICO online

quarta-feira, 4 de março de 2009

Laboratório de Química

Regras de Segurança

§ Não brincar. O laboratório é um local de trabalho. Não se admitem descuidos ou brincadeiras.
§ Todas as experiências devem ser realizadas com o acompanhamento do professor.
§ Não se devem misturar substâncias ao acaso.
§ Usar bata para proteger o corpo e a roupa.
§ Conhecer e utilizar correctamente o material de laboratório.
§ Ter cuidado com o manuseamento de material quente.
§ Ler com atenção as instruções. O trabalho deve ser planeado antes do início do mesmo. Uma eficiente organização evita a perda de tempo.
§ Verificar bem o rótulo dos frascos. Verificar as indicações inscritas nos rótulos, em especial símbolos de aviso.
§ Nunca provar, cheirar ou retirar com as mãos os produtos. Os produtos químicos podem provocar danos em pessoas e material, por isso devem ser manuseados com o máximo cuidado.
§ Usa luvas sempre que mexeres em substâncias tóxicas ou corrosivas.
§ Não contaminar os produtos. Não trocar as tampas dos frascos.
§ Não fumar dentro do laboratório.
§ Conservar a mesa de trabalho limpa. A mesa de trabalho (banca) deve ser mantida limpa e arrumada para facilitar as execuções experimentais e evitar acidentes.
§ Usar óculos de segurança para proteger os olhos.
§ Na diluição de ácidos, o ácido deve ser vertido na água e não o contrário.
§ As experiências que provocam a libertação de vapores devem ser feitas em locais próprios ou bem arejados.
§ No caso de ocorrência de ferimentos, estes devem ser imediatamente tratados.

Símbolos de Segurança


E - EXPLOSIVO: Evitar choques ou colisões. Movimentar com cuidado, com adequada protecção dos olhos, pele e vestuário. Manter afastado de chamas.






Xn - NOCIVO/ Xi -IRRITANTE: Provoca danos na saúde, quer em contactos casuais quer em contactos prolongados. Não se deve permitir o contacto com pele ou roupa, ingerir ou inalar. Deve ser usada máscara protectora.






F - INFLAMÁVEL/ F+ - MUITO INFLAMÁVEL: Substância que inflamam e ardem com facilidade. Deve ser mantida afastada de chamas, fontes de ignição ou de calor. Não ingerir.

C - CORROSIVO: Pode causar danos irreversíveis nos tecidos vivos. Não permitir o contacto com pele ou roupa. Não ingerir ou inalar. Usar luvas durante o manuseamento.


O - COMBURENTE: É uma substância que em contacto com uma fonte de ignição permite o início ou a intensificação de uma combustão. Manter afastado de chamas. Não ingerir.


R - RADIOACTIVO: Emissão de radiações que em doses elevadas podem ser fatais.

T - TÓXICO/ T+ - MUITO TÓXICO: Pode causar danos variáveis, podendo provocar a morte. Não se deve permitir o contacto com a pele ou roupa. Não ingerir ou respirar os vapores. Usar luvas durante o manuseamento.





N - PERIGOSO PARA O AMBIENTE: Substância que provoca danos no meio ambiente. Deve ser conveniente neutralizada ou tratada antes de libertada.

domingo, 1 de março de 2009

Calcula a tua Pegada Ecológica!

Humanidade necessita de dois planetas Terra



Se a Humanidade mantiver o gasto de recursos naturais em 2030, dentro de duas décadas serão necessários dois planetas Terra para manter o nosso estilo de vida. Portugal não foge à regra: consome mais do que pode.
Segundo o Relatório Planeta Vivo 2008, divulgado de dois em dois anos pelo Fundo Mundial para a Natureza (WWF), mais de três quartos da população mundial já vivem em países com défice ecológico, ou seja o gasto médio de recursos é superior à capacidade de os produzir.


Segundo o WWF, o equilibrio seria mantido caso a média mundial de pegada ecológica fosse de 1,8 hectares por pessoa ao ano. É essa a área estimada de que, tendo em conta população mundial, cada indivíduo precisaria para que o planeta lhe garantisse os consumos actuais e os "lixos" dele resultante.
Portugal tem uma pegada ecológica de 4,4 hectares (ha) por habitante, ou seja, esta é a área em terra e mar "ocupados" por cada pessoa para produzir os recursos naturais de que necessita para manter o seu estilo de vida.
Num lista de 151 países, Portugal figura em 28.º lugar na pegada ecológica, longe da média global mundial de 2,7ha. Mas fica em 95.º no que toca à biocapacidade (área disponível para produzir recursos e reter emissões de dióxido de carbono), que é de apenas 1,2 ha per capita (contra em média global de 2,1 ha).
Feitas as contas, a pegada ecológica, portanto a pressão sobre os recursos naturais, é quatro vezes superior à capacidade biológica do país. "Seriam necessários dois planetas para manter o padrão médio de consumo de cada português", nota o WWF.
A situação agrava-se quanto à pegada da água, usada pela primeira vez pela organização, que avalia as necessidades deste recurso para produzir bens e produtos.
Enquanto o "consumo" médio per capita mundial é de 1,24 milhões de litros de água e por ano, em Portugal esse indicador é considerado preocupante: 2,26 milhões de litros por pessoa/ano. E é preocupante por o país se encontrar na bacia do Mediterrâneo, onde se localizam cinco dos dez países com a pegada da água mais alta.
O consumo mais alto pertence aos Estados Unidos da América (EUA), com 2,48 milhões de litros por pessoa/ano. Os EUA estão aliás no clube dos países com maiores pegadas ecológicas, que são, tal como as da China, superiores em 21% à respectiva biocapacidade. Com uma pegada ecológica média de 9,4 ha, os EUA necessitariam de 4,5 planetas e registam uma pegada 1,8 vezes superior à capacidade biológica, o que traduz um importante défice. A China (com 2,3 vezes) e a Índia (2,2 vezes), porém, suplantam os EUA, vinca o WWF, cujo relatório aborda também a biodiversidade.
Jornal de Notícias 29-out-2008
Calcula a tua pegada ecológica aqui

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Constituição do Sistema Solar

Mercúrio








Mercúrio é o planeta mais interior do Sistema Solar. Está tão próximo do Sol que este, se fosse visto por um astronauta de visita ao planeta, pareceria duas vezes e meia maior e sete vezes mais luminoso do que observado da Terra.
O movimento de Mercúrio caracteriza-se ainda por uma particular relação entre o seu eixo e a revolução orbital à volta do Sol: o período de rotação, igual a 58,65 dias terrestres, dura exactamente dois terços do período orbital (o seu "ano" ) que é igual a 87,95 dias.
Em Mercúrio foram observadas estruturas ausentes na Lua, entre as quais um sistema de grandes fracturas da crosta, geralmente interpretadas como indícios de que o planeta sofreu um processo de contracção, provavelmente pelo efeito do gradual arrefecimento que teve lugar a partir de sua formação.



Vénus




Paisagem de Vénus, fruto da fantasia de um pintor. Sabe-se que no passado Vénus sofreu uma intensa actividade vulcânica e pensa-se que ainda poderá ocorrer a expulsão de gases e de lava.
Vénus, o segundo planeta do sistema solar por ordem de distância ao Sol, é o que pode aproximar-se mais da Terra e o astro mais luminoso do nosso céu, depois do Sol e da Lua. A órbita que o planeta percorre em 225 dias é praticamente circular. A rotação sobre o seu eixo é extremamente lenta, com um "dia" que dura quase 243 dias terrestres, efectuando-se em sentido retrógrado ao contrário dos outros planetas rochosos do Sistema Solar.
A superfície deste planeta é um verdadeiro inferno, com uma pressão atmosférica 90 vezes superior à da Terra e uma temperatura de 500º C, devido ao “efeito de estufa”. A sua atmosfera compõe-se, quase por inteiro, de dióxido de carbono (CO2), com um pouco de nitrogénio.


Terra

A Terra é um planeta do Sistema Solar, sendo o terceiro em ordem de afastamento do Sol e o quinto em diâmetro. É o maior dos quatro planetas rochosos . Entre os planetas do sistema, a Terra tem condições únicas: mantém grandes quantidades de água em estado líquido, tem placas tectónicas e um forte campo magnético. A atmosfera interage com os sistemas vivos. A ciência moderna coloca a Terra como único corpo planetário conhecido que possui vida da forma a qual conhecemos.
O planeta Terra tem aproximadamente uma forma esférica, mas a sua rotação causa uma pequena deformação para a forma elipsoidal (achatada aos pólos).
O interior da Terra, assim como o interior de outros planetas rochosos, é dividido por critérios químicos em uma camada externa (crosta) de silício, um manto altamente viscoso, e um núcleo que consiste de uma porção sólida envolvida por uma pequena camada líquida. Esta camada líquida dá origem a um campo magnético devido a convecção de seu material, eletricamente condutor.
O material do interior da Terra encontra frequentemente a possibilidade de chegar à superfície, através de erupções vulcânicas e fendas oceânicas. Muito da superfície terrestre é relativamente novo, tendo menos de 100 milhões de anos; as partes mais velhas da crosta terrestre têm até 4,4 mil milhões de anos.

Marte

O “planeta vermelho” gira em torno do Sol a uma distância média de 228 milhões Km, numa órbita marcadamente elíptica (com a duração de 686,98 dias) cujo plano tem uma inclinação de apenas 1,86º em relação à órbita terrestre. Acompanham-no no seu movimento de revolução 2 pequenos satélites (Deimos e Fobos) descobertos em 1877.
Sendo o mais exterior dos planetas rochosos, é um pequeno e árido globo de atmosfera ténue, cuja estrutura interna ainda não é bem conhecida. No entanto, através da densidade média, do achatamento polar e da velocidade de rotação, é possível deduzir que o planeta tem um núcleo de ferro e de sulfato de ferro com cerca de 1.700 Km de raio, e uma crosta com cerca de 200 Km de espessura.
A sonda da NASA “Mars Reconnaissance Orbiter” (em órbita desde 2006) obteve, a partir de meados de 2008, dados na parte sul do planeta que revelaram vestígios de minerais associados à existência de água, que foi confirmada pela detecção de glaciares cobrindo dezenas de milhares de Km2, alguns com 800 m de espessura e a cerca de 3 m sob a superfície.
Uma outra sonda da NASA (“Phoenix”) que desceu na região do pólo norte marciano em 25 de Maio de 2008, recolheu do solo em 30 de Julho uma amostra de água sob a forma de gelo.A sonda europeia “Mars Express”(em órbita desde 2004) efectuou diversas passagens a menos de 100 Km de Fobos em Julho de 2008, tendo obtido dados que poderão ajudar a desvendar o mistério associado à formação desta lua marciana e da sua irmã Deimos.



Júpiter




O planeta gigante é o centro de um sistema composto por 63 satélites e um ténue anel. Embora Vénus o supere em esplendor no céu da aurora ou do crepúsculo, Júpiter é sem dúvida, o planeta mais espectacular, inclusive para quem apenas disponha de um modesto instrumento óptico para a sua observação. Com o nome do rei dos deuses da tradição greco-romana, situado a uma distância média do Sol de 778,33 milhões Km, demora 11,86 anos a descrever uma órbita (ligeiramente elíptica) completa.
O que mais impressiona neste planeta são as suas gigantescas dimensões. Com um raio de 71.492 Km, um volume 1.300 vezes superior ao da Terra e uma massa equivalente a quase 318 massas terrestres, Júpiter supera todos os outros corpos do Sistema Solar, exceptuando o Sol.
A formação mais espectacular da atmosfera de Júpiter é a denominada Grande Mancha Vermelha, uma perturbação atmosférica, com mais de 30.000 Km de extensão, que já dura há 300 anos.




Saturno




Até 1977, foi mais conhecido pela particularidade de ser o único planeta rodeado por um sistema de anéis. A partir de então, graças às observações realizadas a partir da Terra e às fascinantes descobertas das sondas da NASA “Pioneer 11“ e “Voyager 1 e 2”, Saturno tornou-se uma atracção universal.
Depois de Júpiter, Saturno é o maior planeta, com uma massa e um volume 95 e 844 vezes, respectivamente, superiores aos da Terra. Destes dados deduz-se que tenha uma densidade média equivalente a 69% da da água, o que indica que na composição deste corpo celeste predominam os elementos leves, como o hidrogénio e o hélio.
Em Saturno também se observam várias formações semelhantes a ciclones, de cor parda ou clara, embora nenhuma comparável à Grande Mancha Vermelha de Júpiter. Trata-se de óvalos de cerca de 1.200 Km, de duração breve e presentes apenas nas latitudes altas.A sonda da NASA “Cassini-Huygens” (desde 2005 na órbita de Saturno) comprovou em Julho de 2008 a existência de um lago com etano líquido, com cerca de 20,2 mil Km2, na região polar sul de Titã, o maior dos 35 satélites do planeta que já possuem nome (o total dos satélites já descobertos é de 60).



Úrano



O primeiro dos planetas descobertos na época moderna, só é visível à vista desarmada em condições especialmente favoráveis. Situado a uma distância média do Sol de 2.871 milhões Km, demora 84,01 anos a descrever uma volta completa à volta do astro. Tem 27 satélites.
É um planeta singular, cujo eixo de rotação coincide praticamente com o plano orbital. Com o raio equatorial de 25.559 Km e a massa equivalente a 14,5 massas terrestres, o planeta Úrano pode considerar-se irmão gémeo do longínquo Neptuno. A coloração verde-azulada da atmosfera deve-se à abundância de metano gasoso (2% das moléculas) que absorve a luz do Sol. Além disso, o composto condensa-se a altitudes bastante elevadas e forma uma camada de nuvens.




Neptuno


A órbita de Neptuno situa-se a uma distância de 4.497 milhões Km do Sol e para completar uma volta necessita de 165 anos. Assim, desde que foi descoberto (em Setembro de 1846) ainda não descreveu uma volta completa em redor do Sol. O planeta possui uma massa 17 vezes superior à da Terra, e uma densidade média igual a 1,64 vezes a da água. Como todos os gigantes gasosos, não apresenta uma separação nítida entre uma atmosfera gasosa e uma superfície sólida, pelo que se define convencionalmente como nível zero, o correspondente à pressão de 1 bar.
A sua atmosfera é constituída, basicamente, por hidrogénio e hélio, com uma pequena percentagem de metano. Este último composto, que absorve a luz vermelha procedente do Sol, confere-lhe a coloração característica e influencia a meteorologia e a química do planeta. Tem 13 satélites.